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Que tempo temos? Estudo sobre a organização do trabalho docente e o tempo escolar

A prática educativa e suas especificidades vêm sendo bastante investigadas desde as últimas décadas do século XX até os dias atuais. Vários temas referentes ao fazer pedagógico ganham destaque, sobretudo quando se pensa na(s) aprendizagem (ns) dos atores sociais participantes dos / nos tempos educativos. Nessa perspectiva, pressupomos que o tempo escolar apresentasse como elemento significativo e determinante nessas práticas, necessárias para a reflexão e (re) organização deste tempo e da atuação docente, no que se refere a sua formação - profissionalização. Pensando sobre a formação docente, não descaracterizamos os saberes pertinentes as formações de vida, do magistério, acadêmica ou de normas da profissão; todavia, consideramos que estas complementam aquele conhecimento, que é forjado na escola, isto é, os professores constroem uma epistemologia própria de sua prática. Uma escola que pensa seus tempos e valoriza os saberes dos professores possibilita que estes se tornem práticos e formadores. Nesse sentido, entendemos o tempo enquanto componente escolar, o qual é determinante na compreensão da teia que compõe a prática docente e sua profissionalização. Em se tratando desta problemática – a escassez do tempo de trabalho docente – percebemos que os arranjos realizados em prol de mais tempo, nas escolas, são decorrentes de mobilizações dos professores, assumindo um caráter conquistado e não decretado. Esta investigação, baseada no tempo e na profissionalização docente, trabalha com autores como CORREIA (1996), ELIAS (1998), ZEICHNER (1998) e TARDIF (2002). A metodologia aplicada foi o estudo de caso, com observação sistemática e entrevistas realizadas em uma escola da rede municipal de Duque de Caxias (RJ), bem como utilizamos a análise de conteúdo (BARDIN, 1979). Pretendíamos analisar como se dá a organização do tempo escolar na organização do trabalho docente. Assim, partimos do pressuposto de que as escolas marcam a diferença e que esta escola é igual e diferente das outras existentes, ou seja, seu trabalho se diferencia por sua história, clima escolar e organização de trabalho de seus profissionais. Até o momento, elaboramos conclusões parciais que nos levam a refletir sobre a necessidade de mais tempo – remunerado – para os professores estudarem e ´planejarem seu trabalho, isto é, que verdadeiramente haja condições para sua permanente formação em serviço, sem que seja necessário “usurpar” o tempo do aluno, eliminado assim, um suposto antagonismo entre o tempo do aluno e o tempo do professor e garantindo, de igual maneira, estes dois tempos.

PDF document icon Dissertação PPGEdu - Thays Rosalin.pdf — Documento PDF, 728 KB (746129 bytes)

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