Descrição do projeto
A sociedade clama por acesso à informação, porém uma informação que possa ser entendida e utilizada. Em torno deste tema diversas iniciativas têm sido realizadas no intuito de estabelecer mecanismos para disponibilização de informações. Porém, para isso há necessidade de um entendimento comum do que é transparência e de como implantá-la nas organizações.
A intenção deste trabalho é dar um grande passo neste tema. Definiu-se um conceito de transparência baseado em outros conceitos de qualidade, buscando identificar as características necessárias que uma organização necessita para que possa afirmar que é transparente. Porém este conhecimento sobre o conceito não guia a implantação deste na organização. Para isso é necessário o estabelecimento de um modelo que defina práticas sobre o que a organização deve fazer para implementá-lo.
A partir dos estudos já feitos sugere-se o uso de um modelo de níveis devido à percepção já alcançada de que há uma relação de dependência entre os grupos de características que forma o conceito de transparência. Porém, este modelo deve conter relações de múltiplas dimensões, tendo em vista as interdependências entre as características de transparência.
Nesse contexto é fundamental que este modelo defina em princípio duas coisas: práticas para implementação das características de transparência e regras de avaliação sobre a implementação destas características. A primeira possibilitará as organizações definirem o que deve ser inserido em seus procedimentos e políticas para aderências às características de transparência. A segunda irá fornecer mecanismos para que cada organização possa identificar seu nível de maturidade quanto à transparência
Organizações têm hoje a necessidade de demonstrar transparência atendendo diversas demandas: por razões de competitividade, conquistando a confiança de seus clientes; por razões regulatórias, em atendimento a leis como a Lei do Acesso aprovada no final do ano de 2011 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm ) que colocam cidadãos cada vez mais valorizados em relação aos serviços que lhes são prestados; por razões sociais, atendendo às aspirações da democracia e da vida em sociedade, formada por cidadãos cada vez mais conscientes e participativos.
Tendo em vista o exposto acima (publicado na revista no. 45 do TCMRJ em 2011) pelos participantes deste projeto, entende-se a real necessidade da construção deste modelo e para tal estabelece-se este projeto de modo a construir este modelo.